sábado, 13 de dezembro de 2008

Poesia

Sou um ser da prosa, não da poesia. Ainda que por vezes me arrisque num soneto, como esse abaixo, em que o eu-lírico reclama das paixões que passam batidas:

RAQUITISMO

Quero viver paixões intensamente
Quero morrer de amores se possível
Quero entregar meu corpo, minha mente
É imperioso, é justo e é crível

Quero dormir de tanto amar de dia
Quero acordar pra tanto amar de noite
Quero um amor que chegue e que me açoite
E que me ache quando eu me perdia

Não tenho como viver tua paixão
Não tenho como eu tomar tua mão
Não vou ser eu a te servir a ceia

Sou responsável pelo que restou
Mas responsável sei que eu não sou
Do raquitismo da paixão alheia...

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